Vivo falando em aceitar as diferenças, mas até então não
aceitava uma das minhas.
Faz duas semanas que eu tomei a
segunda dose do Natalizumab, graças a Deus me sinto bem. Ocorreu algo durante a
infusão que merece ser partilhada.
MINHA NOVA AMIGA |
Durante o procedimento de esperar
e tudo mais, comecei conversar com os pacientes que estavam ali, para minha
surpresa todos eram portadores de EM e usavam o mesmo medicamento que o meu.
Notei que cada um possuía uma limitação diferente e que o mundo se faz tão
grande e ao mesmo tempo muito pequeno, a mulher que estava ao meu lado era
vizinha da minha tia.
Ressaltei das limitações distintas de cada um para contar
uma superação. Um dos pacientes estava andando com ajuda de um andador, outra
com uma bengala e um senhor que andava bem, mas apresentava algumas limitações
motoras. Notei que ninguém ali estava satisfeito com a escolha de Deus para ser
portador de EM, mas nem por isso estavam descrentes da vida. Logo percebi que
deveria deixar de lado o preconceito bobo que eu tinha de usar minha bengala e
fazer uso da mesma o quanto antes.
Concordam
que é burrice andar sem equilíbrio por aí, correndo risco de cair e piorar ainda
mais a situação? Decidi aceitar o fato de a bengala existir no meu dia a dia e
fazer disso um mero acontecimento bobo. Não vou mentir já senti vergonha de ser
jovem e andar com apoio, sempre imaginava o que as pessoas iriam pensar.
Na verdade não pensam nada, pelo contrário, são discretas e
entendem muito mais a situação.
Desculpem a breve postagem, caso possa ajudar de alguma
forma meu e-mail é netocruz@live.ca.
Obrigado
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