quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Uma postagem atípica, para uma notícia angustiante.

Antes de desabafar com essa publicação, gostaria de agradecer a Deus pelos anjos colocados no meu caminho desde o momento que nasci. Minha família extraordinária, meus amigos e a partir do momento que descobri a esclerose múltipla, meus médicos. Atualmente trato com a sensacional Dra. Maria Tereza Castilho, que é uma das melhores profissionais que conheci durante essa luta com a EM.

Uma postagem atípica, para uma notícia angustiante. Ontem 24, tive uma surpresa relacionada à EM, recebi algumas informações das quais me deram muito medo, mas logo foram amenizados, pois vi que não as enfrentaria sozinho.
Existem três tipos de esclerose múltipla, a remitente recorrente, a primária progressiva e a secundária progressiva, meu quadro que se encaixava no primeiro tipo que é a “menos pior” evoluiu para o terceiro tipo, a secundária progressiva. Todos os sintomas estão favorecendo para esta conclusão! Enquanto digeria todas as novas possibilidades que estavam prestes a se tornar permanentes, confesso que segurei para não chorar na frente da médica.
Futuramente meu tratamento ira mudar da água para o vinho literalmente, pretendo conversar com vocês sobre breve.
Gêmea 
Pareço frio ao falar sobre isso, mas admito, fiquei angustiado e com muito medo. Me encontro fortalecido apesar de todas as coisas, na verdade posso usufruir do porto seguro que minha família é, meus amigos excepcionais e meu Deus.

Bom! Obrigado mais uma vez por sua atenção

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O que é o corticóide?

Corticosteróides, corticóides ou popularmente conhecidos como “cortisonas”, são um tipo de medicamentos anti-inflamatórios. Simulam os efeitos dos hormônios produzidas pelo nosso corpo nas glândulas adrenais. Reduzem a inflamação e afetam o sistema imunitário. 

Os corticosteróides podem apresentar-se de várias formas. Existem comprimidos, cápsulas e soluções orais indicados no tratamento da inflamação e dor associadas a doenças crônicas, como artrite e lúpus. Inaladores e sprays intranasais ajudam a controlar a inflamação associada à asma e alergias. Injetáveis tratam, por exemplo, sinais e sintomas de tendinites. Cremes e pomadas são usados no tratamento de alguns problemas de pele, tais como, eczemas, irritações e erupções. 

Tal como todos os medicamentos, os corticosteróides podem ter efeitos secundários, podendo causar sérios problemas de saúde. Ao saber reconhecer os possíveis efeitos adversos, poderá controlar o impacto destes na sua saúde.

Dias ou semanas após ter começado a terapia oral, pode ter um risco aumentado de: glaucoma (aumento da pressão no interior do olho), retenção de líquidos causando pernas inchadas, aumento da pressão arterial, mudança brusca de humor e aumento do peso. 

Quando toma corticosteróides por um período prolongado poderão surgir: cataratas, aumento do açúcar no sangue causando ou agravando a diabetes, aumento do risco de infecções, perda de cálcio nos ossos aumentando o risco de osteoporose e fratura, irregularidades menstruais, diminuição da espessura da pele, maior facilidade em ficar com nódoas negras e dificuldade em curar ferimentos.

Quando utiliza corticosteróides inalados, uma parte do medicamento pode depositar-se na boca e garganta em vez de chegar aos pulmões. Isto pode causar tosse, rouquidão, boca seca e inflamação na garganta. Se gargarejar ou bochechar a boca com água, depois de cada inalação, não engula, assim poderá evitar a irritação da boca e garganta.

Corticosteróides injectáveis podem causar efeitos próximo do local da injecção. Os efeitos secundários podem incluir dor, infecção, diminuição da espessura e perda da cor da pele. O médico normalmente limita as injeções a três ou quatro por ano.

Corticosteróide tópicos (usados na pele) trazem um grande benefício para o tratamento de algumas doenças da pele, principalmente as de carácter alérgico, mas também podem provocar significativos efeitos colaterais. A maioria destes efeitos são visíveis com o uso prolongado do medicamento, mas alguns podem ser notados após poucos dias de uso. 

Alguns dos efeitos colaterais que justificam o cuidado no uso de corticosteróides tópicos são:

Atrofia da pele (a pele torna-se fina, pregueada, mais clara, e com proeminência das veias subjacentes); 
Estrias (o uso repetido dos corticosteróides tópicos em áreas de dobras, como virilhas e axilas pode resultar em estrias, que são permanentes e irreversíveis); 
Rosácea (é comum em pessoas de pele muito clara que já sofrem de rosácea). Acontece com alguma frequência uma pessoa usar um corticóide leve na face para controlar a vermelhidão. Com o desenvolvimento de tolerância ao medicamento pela pele, cada vez é necessário um corticosteróide mais potente e a interrupção da aplicação provoca intensa vermelhidão e formação de pústulas;
Glaucoma (o uso de corticosteróides tópicos perto dos olhos pode aumentar a pressão intra-ocular pela absorção da substância pela pele); 
Mudança nas infecções (os corticosteróides tópicos alteram a forma como o sistema imune funciona e podem inibir a habilidade da pele para combater infecções bacterianas ou fúngicas). Um exemplo típico é o uso de corticosteróides para tratar comichão na virilha como se fosse alergia, quando na verdade se trata de uma micose (infecção fúngica), facilitando a evolução da doença que se torna mais inflamatória e espalhada. 

Perante isto, compreende-se a importância de usar estes fármacos seguindo exatamente as instruções do seu médico, prestando atenção ao número de aplicações diárias e ao tempo de utilização. 

Os corticosteróides utilizados de forma adequada são medicamentos seguros e muito úteis. Mas, não vale a pena exagerar a aplicação na tentativa de melhorar mais rápido, isso pode causar danos que vão dificultar e alongar o tratamento. Respeite o tempo de uso que o seu médico determinou. Se não melhorou, retorne à consulta e ele indicará o procedimento correto a ser seguido.

Eloah Lopes

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Entidades médicas realizam audiência com a CONITEC




São Paulo, 27 de setembro de 2016 – Na última semana, membros do Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla e Doenças Neuroimunológicas (BCTRIMS) e integrantes da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) se reuniram em audiência com representantes da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) para apresentar e discutir uma nova proposta de Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Esclerose Múltipla (E.M), elaborada pelas duas entidades em junho deste ano.
A proposta distingue a gravidade dos quadros dos pacientes recém-diagnosticados, permitindo, assim, que o tratamento medicamentoso seja individualizado. Hoje, obrigatoriamente, a mesma linha de tratamento deve ser seguida por todos os pacientes, havendo a troca apenas em caso de falha terapêutica.
Além disso, a proposição das entidades contempla a inserção de novas medicações para o tratamento da E.M no Sistema Único de Saúde (SUS) e também defende a permanência de outras terapias que correm o risco de ser retiradas do atual protocolo. Essas recomendações podem ser aplicadas total ou parcialmente pelo órgão na atualização do PCDT.
A realização da audiência foi positiva na opinião de Jefferson Becker, médico neurologista, presidente do BCTRIMS e um dos presentes na reunião, pois possibilitou que a recomendação fosse explicada em detalhes aos representantes da CONITEC, que poderão avaliar o conteúdo da proposta apresentada.

BCTRIMS foi criada em 28 de agosto de 1999, o Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla e Doenças Neuroimunológicas (BCTRIMS) é uma associação civil, de direito privado, sem fins lucrativos, que tem por finalidades promover o estudo, a educação, a pesquisa e a divulgação de informações sobre esclerose múltipla e outras doenças neuroimunológicas. Para mais informações, acesse http://www.bctrims.com.br/